Detroit, novo filme de Kathryn Bigelow, aborda um dos mais violentos confrontos raciais da história dos EUA

Em mais um trabalho em colaboração com o produtor e roteirista Mark Boal, novamente fazendo um trabalho envolvendo fatos históricos dos Estados Unidos, como em Guerra ao Terror e A Hora Mais Escura, a diretora Kathryn Bigelow apresenta Detroit, cujo primeiro trailer foi divulgado na segunda semana de abril. O filme aborda os confrontos entre manifestantes negros e policiais na cidade das máquinas em 1967.

Os distúrbios começaram a partir da invasão da polícia a um bar, sem mandado, em um território de maioria negra. Os policiais prenderam as 82 pessoas presentes, todos negros, que comemoravam o retorno de dois soldados do Vietnã. Os confrontos tomaram as ruas e duraram cinco dias, nos quais o racismo dentro do sistema americano se manifestou em suas formas mais extremas.

George W. Rommey, o governador de Michigan, enviou seu efetivo da guarda nacional para pacificar os protestos, enquanto Lyndon B. Johnson, o presidente na época, simultaneamente enviou duas divisões do exército, resultando em 43 mortes nos confrontos e mais de 2000 feridos.

O filme foca no incidente no Motel Algiers, onde as autoridades invadiram violentamente alegando terem ouvido tiros, chegando a interrogar todos os hóspedes durante quatro horas. Na operação, três homens negros foram assassinados (Fred Temple, Carl Cooper e Aubrey Pollard), enquanto duas mulheres brancas e mais setes negros foram brutalizados pelas forças da lei e da ordem.

Estrelado por John Boyega, Detroit já é considerado um dos primeiros candidatos ao Oscar 2018.

Confira o trailer: