James Bond, por Roger Moore

Roger Moore foi avalizado pelo próprio Sean Connery, que não quis mais prosseguir no papel nem por astronômicos cinco milhões e meio de dólares. Moore foi o ator que mais fez filmes da série, contabilizando 7 longas. Connery ficou em segundo lugar, com o total de 6 filmes.

Para toda uma geração de fãs brasileiros, Roger Moore foi o melhor ator a personificar o espião britânico, especialmente pelo número de reprises dos filmes de 007 de sua fase reprisados na televisão aberta, além de ter sido com ele a aventura que se passou no Rio de Janeiro. O carisma do novo protagonista garantiu a longevidade do personagem, o revitalizando após a tentativa fracassada de George Lazenby, manteve a tradição mesmo que modificando pequenos detalhes e ainda adicionou elementos marcantes à sua mitologia, como o matador profissional Jaws e vários outros antagonistas na galeria de vilões.

O ator faleceu aos 89 anos, vítima de câncer. Assim como Connery, ele também foi condecorado Sir pela rainha da Inglaterra, não por ter assumido o papel fictício de agente secreto britânico, mas por seus serviços como embaixador da boa vontade na Unicef. Relembremos então as simbólicas 7 vezes que o ator viveu 007.

Com 007 Viva e Deixe Morrer (Live and Let Die, 1973)

Agentes britânicos são assassinados em campo. James Bond é enviado para Nova Orleans para investigar a ligação entre Mr. Big, um traficante produtor de heroína, e Kananga, o líder de um país africano envolto onde o culto ao vodu domina pela superstição e pelo medo da figura do Barão Samedi, o Senhor dos Cemitérios. Kananga mantém como refém a bela vidente Solitaire (Jane Seymour), cuja leitura das cartas revela o futuro. Bond viaja para os subúrbios de Nova York, os pântanos de Nova Orleans e a floresta vodu da misteriosa ilha San Monique, sempre a um passo de ser morto.

O personagem sofreu algumas mudanças sutis incentivadas pelos produtores devido à troca de atores, mas continuou com suas características principais intocadas. Ao invés de vodca Martini, Bourbon. Sai o chapéu e entram charutos ao invés de cigarros. Ao menos nesta primeira aparição do novo ator. A fase de Moore é considerada mais exagerada em relação às cenas de ação, mas até certo ponto considero essa observação injusta. Curiosamente, o dublador nacional continuou o mesmo, aumentando o fator nostálgico nos fãs brasileiros. Até hoje prefiro ver as versões dubladas tais como lembro nas tantas vezes que vi os filmes do espião mais famoso do mundo na televisão aberta.

Desta vez temos uma trama mais simples que a usual, envolvendo o tráfico internacional de drogas. O subterfúgio e a enganação, dois dos principais elementos da espionagem, são explorados logo no início, na marcante cena da procissão fúnebre pelas ruas de Nova Orleans. Um agente secreto observa o cortejo passar e, quando pergunta a um senhor que está ao lado de quem é o funeral, a resposta vem junto a uma punhalada: ”Seu”. O corpo do curioso é colocado no caixão e a marcha fúnebre dá lugar a uma animada melodia ao estilo do carnaval local.

O homem com braço mecânico e o mítico Barão Samedi são os dois vilões que entram para a galeria de vilões exóticos do universo de Bond. O segundo chega a ser mais cômico que perigoso. Aliás, o humor está presente em vários momentos, chegando a ser comparável ao estilo “top gang” na cena na qual o adversário de Bond engole uma cápsula de ar e incha como um balão até explodir. Outro personagem que reforça o elenco cômico do filme é o caipira Xerife Pepper, que inclusive voltaria a aparecer no 007 seguinte.

Muita gente talvez conheça apenas a versão do Guns N’ Roses para Live and Let Die, mas a canção tema foi composta e interpretada originalmente por Paul McCartney, se tornando um sucesso, chegando impulsionado pelas constantes repetições em várias cenas do filme. Com 007 Viva e Deixe Morrer, Roger Moore daria novo fôlego para a franquia por mais uma década a frente.

007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro (The Man With The Golden Gun, 1974)

James Bond é um agente “secreto” em seu universo, mas angariou fama o suficiente para se reconhecido no submundo como um oponente formidável. Scaramanga (Christopher Lee) é um assassino profissional que cobra 1 milhão de dólares por cabeça, mas eliminar 007 será um desafio pessoal, não um negócio. Uma bala dourada é enviada ao MI-6 endereçada a Bond como aviso, fazendo com que M (Bernard Lee) tire seu agente da missão na qual estava empenhado, uma investigação que envolve o desenvolvimento de uma nova tecnologia para captação de energia solar.

Ninguém sabe qual a aparência ou localização de Scaramanga, apenas que utiliza balas de ouro em suas vítimas. Seguindo essa pista, Bond vai parar na Índia, e suas investigações o levam ao encontro do mercenário e seu atual cliente, um milionário oriental que intenciona vender a tecnologia de energia solar no mercado negro.

007 Contra o Homem com A Pistola de Ouro mostra Bond enfrentando um rival à altura. Os dois são assassinos. Scaramanga mata por dinheiro. Bond mata por seu país. Essa diferença é bem destacada, servindo inclusive para uma reflexão maior sobre o personagem. Bond é sim um assassino frio. Seu modo educado e comportamento de bon vivant funcionam como a pele de uma ovelha que esconde não um lobo, mas um cão pastor.

Desde o primeiro longa o agente britânico já esbofeteava mulheres e disparava a queima roupa contra os inimigos. Talvez não seja surpreendente um herói assim fazer tanto sucesso ainda na década de 60. A sociedade era sim mais tradicional e conservadora, mas não demonstrava o politicamente correto exagerado que vemos atualmente. Nesta aventura, Bond chega a agir mais como um herói típico de filmes de ação, descambando até em um conflito final ao estilo velho oeste contra Scaramanga, incluindo até o artifício de salvar a dama em perigo.

W. Pepper (Clifton James), o esbaforido xerife caipira que aparece no filme anterior, dá as caras novamente em outra cena de perseguição desta vez na Tailândia, onde oincidentemente estava em viagem de férias com a esposa. É hilária a cena na qual ambos se reconhecem. Outra figura que se revela personagem de filme de comédia é uma das Bond girls, Goodnight (Britt Ekland). A mulher é agente de apoio do MI-6, mas se comporta como a mocinha burra e desajeitada que mais atrapalha que ajuda.

Foi o último filme com a co-produção de Harry Saltzman, que vendeu 50% de seus direitos para a United Artists. Uns dizem que por questões financeiras, outros comentam que o relacionamento com o parceiro Albert R. Broccoli estava já comprometido. 007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro não obteve tanto sucesso quanto o anterior, embora esteja no mínimo no mesmo nível ou, em minha opinião, superior. De fato, o próximo da série demoraria três anos para chegar aos cinemas. Um período maior que o usual nesta época.

007 – O Espião Que Me Amava (The Spy Who Loved Me, 1977)

Dois submarinos com armamento nuclear desaparecem. Um soviético e um britânico. Logo, James Bond (Roger Moore) é convocado. As pistas o levam para um contato no Cairo, Egito, onde encontra a major Anya Amasova (Barbara Bach), conhecida como a agente soviética Triple XXX, que também investiga o caso. Oficialmente ambos começam um trabalho cooperativo entre as duas agências, e chegam ao nome de Karl Stromberg, um bilionário fanático pela vida marinha e que sonha em criar uma cidade submarina, mas também em iniciar uma guerra entre as nações por meio do arsenal nuclear dos submarinos capturados.

Apesar da queda em números comerciais do filme anterior, o produtor Albert Broccoli investiu 13 milhões de dólares, tornando O Espião Que Me Amava o mais caro da franquia até então. O recurso extra pode ser notado ao longo do filme, repleto de grandes cenários e cenas de ação mais arrojadas. Ainda recebeu três indicações ao Oscar: Melhor Direção de Arte, Trilha Sonora e Canção.

A Bond Girl da vez, a espiã Triple XXX, foi interpretada pela esposa do Beatle Ringo Starr. Se a intenção era melhorar a imagem das mulheres criando a versão soviética feminina de James Bond, acho que fizeram tudo errado. A moça na maior parte do tempo se mostra frágil demais para o trabalho. Na longa sequência da perseguição de carro, em um Lotus equipado com os truques de Q, chega a ser hilário o comportamento dela. A cada momento de perigo a espiã grita “James!”, como as esposas histéricas fazem com o marido no trânsito. E ainda tem de ser resgatada ao final.

O vilão icônico da vez é o inesquecível Jaws, o gigante com a dentadura de aço, em sua primeira aparição. Aliás, o homem inteiro parece ser feito de aço. Usar a chapa para as filmagens era tão doloroso que o ator Richard Kiel disse que suportava apenas meio minuto com o aparato. Irônico como que, enquanto ele sentia dor, os fãs achavam graça de suas expressões cômicas.

Aqui também aparentemente começa a abertura sempre mostrando uma sequência de ação de 007 em outra missão antes da principal. Alguns pontos do roteiro lembram filmes anteriores. O sequestro dos submarinos lembra o sequestro das cápsulas espaciais em Com 007 Só Se Vive Duas Vezes e a ameaça do armamento nuclear lembra 007 Contra a Chantagem Atômica. Já a estação submarina do vilão Stromberg remete imediatamente, ao menos para os mais nerds, à base dos inimigos do Liga da Justiça no antigo desenho Superamigos. De resto, as características de James Bond foram mantidas. O Homem continua cínico, mulherengo e assassino profissional. Em suma, um bon vivant a serviço de sua majestade.

007 Contra o Foguete da Morte (Moonraker, 1979)

Um avião 747 transportando um ônibus espacial modelo Moonraker cai durante o trajeto. Apenas destroços da aeronave são encontrados no local do acidente. Para descobrir o que aconteceu com a espaçonave, 007 (Roger Moore) é enviado para investigar sua fábrica na Califórnia, Estados Unidos. Hugo Drax (Michael Londsdale), o dono das instalações, multimilionário e aparente cidadão cosmopolita, coordena vários atentados contra a vida de Bond. As pistas do plano de Drax levam o agente a se aliar a uma espiã da CIA e começam suas viagens pelo mundo, levando a um estranho laboratório em Veneza onde está sendo desenvolvido um gás mortal, ao Brasil e sua floresta tropical e, finalmente ao espaço sideral, sempre perseguido pelo assassino profissional de dentes de aço, Jaws (Richard Kiel).

Desde o filme anterior, 007 O Espião que Me Amava, a produção sofreu um upgrade perceptível, mas os elementos das tramas ficaram cada vez mais semelhantes. Se o vilão do anterior era um multimilionário apaixonado pela vida submarina, o da vez é um tipo de primo amante do espaço. Drax inclusive é semelhante a uma espécie de alienígena sem emoções, não querendo dizer que seja um psicopata cruel, apenas um rico em delírio de grandeza. No anterior, houve o sequestro de submarinos nucleares. Agora é a vez de um ônibus espacial.

O assassino profissional Jaws fez tanto sucesso que reaparece logo na primeira sequência de ação e passa quase todo o filme tentando matar 007 em situações hilárias. 007 Contra o Foguete da Morte não é um filme propriamente ruim, mas alguns fatos desabonam a produção.  Em vários momentos, principalmente nos ataques de Jaws, tudo poderia ser resolvido com um simples tiro, mas o único momento no qual Bond dispara uma arma é a convite de Drax durante uma prática esportiva no jardim da mansão do milionário. Em nenhum outro momento o espião britânico usa sua pistola, o que é algo no mínimo estranho para um agente em perigo e com licença para matar.

Com o sucesso recente de Guerra nas Estrelas, o produtor, agora apenas Albert Broccoli, resolveu engatar essa aventura no espaço. Sim, James Bond foi mesmo ao espaço, onde invade uma estação orbital construída por Drax e mantida invisível dos radares americanos e soviéticos. Com certeza um exagero que contribuiu e muito para a fama de mentiroso dos filmes de 007. O que seria apenas um “simples” exagero ou oportunismo se transforma em um cenário digno do próprio Guerra nas Estrelas ou Star Trek, com direito a tiroteios de raios laser e até a James Bond pilotando um ônibus espacial em uma caçada a globos da morte em pleno espaço sideral. Perderam o juízo. Ainda assim, este episódio mantém os pés no chão, literal e figurativamente, durante a maior parte do tempo e ainda vale a pena ser visto, nem que seja por conta das partes que se passam no Rio de Janeiro. Infelizmente não podiam deixar de mostrar o carnaval carioca.

007 Somente Para os Seus Olhos (For Your Eyes Only, 1981)

Um navio da marinha britânica desaparece dos radares. Em seu interior havia um dispositivo de codificação de alta tecnologia chamado ATAC. Para localizar o local exato do naufrágio, Bond (Roger Moore) busca a ajuda do pesquisador Havelock (Jack Hedley), mas ele e sua esposa são assassinados. Rastreando os possíveis culpados, 007 se depara com Melina (Carole Bouquet), a filha do casal em busca de vingança. Logo, chegam a dois homens influentes na Grécia, Kristatos (Julian Glover) e Colombo (Topol). Ambos são inimigos de longa data e acusam um ao outro de estarem por trás do roubo do ATAC para vender aos russos.

Após a loucura espacial do longa anterior, os produtores trouxeram James Bond de volta a problemas mais críveis em uma aventura que prima pela ação. Somente Para Seus Olhos inicia mostrando o agente visitando o túmulo de sua esposa assassinada na insólita aventura 007 A Serviço Secreto de Sua Majestade, estrelado por George Lazenby. Aí começa então um momento de loucura. O líder da Spectre, organização criminosa combatida seis vezes nos tempos de Sean Connery, reaparece sem nenhuma explicação, tal qual as ressurreições de Jason de Sexta-Feira 13. Sem mostrar o rosto, sentado em uma cadeira de rodas elétrica e com o famoso gato branco no colo, o Blofeld assume remotamente o comando do helicóptero no qual Bond está e se diverte o quanto pode até que 007 consegue reverter e situação e provavelmente, digo provavelmente, mata Blofeld mais uma vez. Até pareceu um daqueles filmes de sátiras como Máquina Quase Mortífera ou Apertem os Cintos O Piloto Sumiu.

Corta para a tradicional abertura no formato de um clipe musical e de volta à seriedade, desta vez mais que o normal. O resultado é um bom filme de ação no qual James Bond não apenas resgatou o ATAC, mas também salvou a United Artists da falência. Na época o estúdio estava quebrado por conta do fracasso de O Portal do Paraíso de Michael Cimino, que custou 40 milhões de dólares. Somente Para seu Olhos arrecadou 194 milhões e evitou a ruína da empresa.

Ao final, o humor volta a atacar, quando Q e o Ministro da Defesa conectam uma ligação entre Bond e a Primeira Ministra Margaret Thatcher, mas quem atende é um papagaio. Bernard Lee, que até então vinha interpretando M em todos os filmes da franquia, se encontrava convalescendo de um terrível câncer estomacal, o que explica a sentida ausência de seu personagem.

Veja esse: 007 Contra Octopussy (Octopussy, 1983)

O agente 009 é mortalmente ferido durante uma missão, mas consegue chegar ao consulado inglês com um ovo farbege falsificado. 007 é convocado para assumir a missão e descobre que o que seria um simples tráfico internacional de joias organizado por Kamal Kahn (Louis Jordan) com o auxílio de uma irmandade de ladras liderada por uma mulher conhecida como Octopussy (Maud Adams), na verdade envolve o plano de um general soviético rebelde que planeja destruir uma base aérea americana e iniciar uma terceira guerra mundial.

007 Contra Octopussy é o filme mais frenético da franquia até então. Roger Moore suou dez camisas nessa missão. Enfrentou assassinos hindus, soldados soviéticos, ciganos de circo, jacarés, aranhas, cobras, elefantes, tigres e mulheres ninjas em trajes eróticos. Bond nunca teve de lutar tanto, resultando em um filme empolgante com um ritmo semelhante aos da era Pierce Brosnan.

As cenas na selva remetem imediatamente a Alan Quarteman ou Indiana Jones, ou ainda Tarzan, quando Bond imita o homem macaco pulando de cipó em cipó inclusive soltando o grito característico do personagem. Há quem não aprecie a veia cômica presente nos filmes com Roger Moore. Acontecem alguns exageros, como no caso da imitação do Tarzan, mas são apenas pontos passageiros que nada afetam a trama principal ou descaracterizem de vez o personagem. Moore já demonstrava desinteresse em prosseguir com o papel, tanto que outros atores foram testados, como Timothy Dalton. No último minuto Moore, reconsiderou e por pouco não tivemos James Brolin como o novo 007.

007 Na Mira Dos Assassinos (A View To A Kill, 1985)

007 (Roger Moore) volta de uma missão na Sibéria na qual consegue resgatar do corpo congelado do agente 003 um microchip de computador totalmente imune a danos de pulsos magnéticos. O problema é que se trata de tecnologia roubada possivelmente pelos soviéticos. A empresa produtora do microchip fora adquirida recentemente pela Zorin, uma multinacional comandada por um ex-agente da KGB, Max Zorin (Christopher Walken). As investigações de Bond revelam que Zorin na verdade pretende provocar um terremoto na falha de San Andreas, fazendo com que todo o vale do silício seja destruído.

Chegamos ao último filme de Roger Moore como 007. O ator declarou que decidiu pela aposentadoria do MI-6 quando percebeu que a mãe de Tanya Roberts, a Bond Girl da vez, era mais jovem que ele. Mesmo assim a idade não impediu 007 de ir pra cama com quatro mulheres desta vez.

Foram sete longas, todos com uma qualidade regular, sem muitos altos e baixos. Particularmente, os que mais gostei foram 007 Contra Octopussy e 007 Contra o Homem com A Pistola de Ouro, mas não houve um único que possa ser considerado ruim, apesar da forçada viagem intergaláctica em 007 Contra o Foguete da Morte. Também é a despedida de Louis Maxwell como a secretária Moneypenny, papel que representava desde a estreia da franquia em 007 Contra O Satânico Dr. No. Foi considerada a possibilidade de que a partir de então ela retornasse como M, situação recusada pelo produtor Albert Broccoli por acreditar que os espectadores não aceitariam bem a situação de Bond ser comandado por uma mulher, o que só aconteceria de fato em 007 Contra Goldeneye, cerca de uma década depois, com a atriz Judi French, uma Hitler de saias. Ao todo, Louis Maxwell somou cerca de 1 hora de aparição e pouco menos de 200 palavras.

Em 007 Na Mira dos Assassinos, o vilão Zorin coube a Christopher Walken, uma escolha mais que apropriada para um personagem que tem prazer em matar. Walken tem o rosto certo para o tipo matador, o qual interpretou várias vezes principalmente em filmes de gangsteres. A assassina particular e amante de Zorin, May Day, vivida por Grace Jones, é o tipo de personagem que não se esquece fácil. É a mulher com rabo de cavalo em Conan – O Destruidor. Cortaram apenas o rabo e deram outras roupas e ela se tornou a May Day. E, sim, James Bond também a teve de levar para a cama. Deus salve a Rainha. O filme mantém praticamente o mesmo ritmo de aventura de 007 Contra Octopussy, mas com menos momentos divertidos e um certo exagero na ação. Digamos que não foi uma despedida em grande estilo.