Todas as mulheres de Dylan Dog

“Pensemos sobre o horror banal de duas pessoas que se encontram por acaso, se gostam e se amam. Talvez até pensem que o amor é algo eterno, até que uma delas abandona a outra e desaparece, assim como desaparecem mil estranhos que na vida encontramos por um momento e nunca mais voltamos a ver.” Este é o investigador do pesadelo absorto em mais uma de suas divagações filosóficas, desta vez sobre a impulsividade dos sentimentos amorosos.

Através de seus relacionamentos é possível perceber um lado negro de Dylan, o amante tímido, mas sedutor, irritante, mas adorável, e o seu ponto fraco: as mulheres. Talvez um homem em uma desesperada busca pelo amor, mas não é o que procuramos todos?

Dylan é bonito e fascinante. É sombrio. Como poderia não ter tantas admiradoras? Ele é um amante apaixonado. Ama cada mulher que encontra, mesmo que por pouco tempo. Procura no amor o caminho para poder sair da tristeza de uma existência que, caso contrário, seria um pesadelo. Apaixona-se muitas vezes, mas está sempre inquieto, talvez até inseguro, para poder continuar uma relação por muito tempo.

Quantas são as mulheres de Dylan Dog? E acima de tudo, quem são elas? Todas as histórias são diferentes, todas as mulheres são importantes. Todas as histórias são importantes, todas as mulheres são diferentes. Mas entre as muitas, apenas seis encontraram um lugar especial no coração do protagonista.

Marina

É a Marina, é o primeiro amor que conheceu durante férias de verão na adolescência. Os dois começam uma relação Infantil, mas terna, até que o próprio Dylan confessa seus sentimentos mas, por um mal-entendido, acredita que não é retribuído, descobrindo depois, apenas tarde demais, que na estação de trem ela gritou que o amava no dia em que ele havia partido. Está na história “O longo adeus – um amor do passado”, publicada aqui na edição nº 5 de Dylan Dog pela Editora Mythos.

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Bree

É a Bree. Uma prostituta. E a única com quem o Dylan queria mesmo se casar. É claro que ela vai rejeitar a proposta, sendo uma mulher livre que deseja uma vida independente. Ela volta para ele depois de descobrir que contraiu HIV, e Dylan cuida dela até o trágico fim. Sua primeira aparição foi publicada em Dylan Dog nº 3, “Memórias do Invisível”, pela Editora Conrad. A tragédia acontece em “Oltre La Morte”, edição italiana nº 88.

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Dora

É a Dora. A enfermeira. Protagonista feminina da história “Johnny Freak”, publicada por aqui na edição nº 1 da Editora Conrad.

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Kim

É a Kim. A Bruxa do oeste dona do gato mágico Cagliostro. Por causa do amor por Dylan ela perderá todos os seus poderes (e também o seu gato!). Publicada em Dylan Dog nº 2, pela Mythos Editora.

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Lillie

É a Lillie, a garota irlandesa. “Até que a morte nos separe” é o título da sua história, publicada na Itália na edição nº 121. Ela morre depois de ter casado com o Dylan (ou foi apenas um sonho?) e ter sido presa por terrorismo (era ativista do IRA). Lillie foi a segunda mulher mais importante na vida do detetive do pesadelo e sua terceira namorada por ordem cronológica, além de ser o motivo de Dylan se vestir sempre com calça jeans azul, camisa vermelha e casaco preto, trajes que ele usava no último encontro com a amada.

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Morgana

E, finalmente, a Morgana. O único, talvez, grande amor da sua vida. Na verdade, é revelado que Morgana é a mãe de Dylan (o famoso complexo de Édipo) em uma história com múltiplas e complexas interpretações. Morgana é várias vezes evocada nos pensamentos do nosso herói, que nunca poderá esquecê-la completamente. Como muitas das histórias de Dylan Dog, esta também acaba tragicamente, ou melhor, nunca acaba completamente. Publicada em Dylan Dog nº 4, pela Editora Conrad.

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Cinco dessas marcantes histórias da vida do investigador do pesadelo foram reunidas na edição especial “Tutte Le donne di Dylan Dog”, lançada pela editora Mondadori em 1996.

(artigo adaptado do blog italiano Audaci)